HIV - TRATAMENTO


NÃO MEDICAMENTOSO

- Alimentação saudável

Uma alimentação saudável fornece os nutrientes necessários ao funcionamento do organismo, preserva o sistema imunológico, melhora a tolerância aos ARV e favorece a sua absorção, previne os efeitos colaterais dos medicamentos e auxilia no seu controle, promove a saúde e melhora o desempenho físico e mental.

- Prática de exercícios físicos

Pessoas que vivem com HIV e que estejam clinicamente estáveis deverão ser estimuladas a praticar exercícios físicos, desde que adequados ao seu preparo físico atual e suas comorbidades. Devem-se avaliar o risco cardiovascular (pelo escore de risco de Framingham) e outras comorbidades relacionadas ao desenvolvimento de doença cardiovascular, como HAS, DM tipo II e obesidade.

Além disso, deverão ser avaliadas situações em que os exercícios físicos devem ser postergados até resolução ou controle da condição, tais como:

1. Imunodeficiência avançada na presença de IO;

2. Presença de comorbidades, como HAS e DM tipo II não controladas;

3. Hepatopatia grave com plaquetopenia (risco de sangramento);

4. Alto risco cardiovascular (>20%) ou outras situações clínicas analisadas


MEDICAMENTOSO:

1. TARV

O início imediato da TARV está recomendado para todas as PVHIV, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. Entretanto, algumas situações exigem maior urgência para o início da TARV, uma vez que seu início tem impacto importante na redução da mortalidade, na transmissão vertical e no tratamento de comorbidades graves, sendo as seguintes situações:



ESQUEMAS:

Pacientes em uso de esquema em Dose Fixa Combinada (3TC + EFZ + TDF) NÃO devem mudar para o esquema com Dolutegravir (DTG). O DTG passa a ser incluído então esquema para os novos pacientes, exceto para gestantes, coinfecção HIV-TB e crianças menores de 12 anos ou 40 kg, pois até o momento a medicação não possui formulação pediátrica.


FLUXO DE PRESCRIÇÃO DA TARV:

Utilizar-se da prescrição dos prontuários eletrônicos e preencher o FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTOS - TRATAMENTO (Clique aqui para fazer o download). O paciente deve ser bem instruído a ir munido com a receita e o formulário até a farmácia da sua unidade para ser orientado pelo farmacêutico sobre a medicação, para então ir a algum das unidades de dispensação de TARV (Confira clicando aqui a lista de locais que dispensam a TARV).


2. Para OUTRAS MEDICAÇÕES, conferir aba desta plataforma de PROFILAXIAS (Clique aqui).



ADESÃO AO TRATAMENTO:

Considera-se como adesão suficiente a tomada de medicamentos com uma frequência de, pelo menos, 80%1 para alcançar a supressão viral e sua manutenção. Ressalta-se que a má adesão é uma das principais causas de falha terapêutica.

Existem diversas estratégias que a equipe de saúde pode desenvolver para facilitar a adesão dos usuários ao tratamento, tais como: rodas de conversa, grupos de apoio, atividades em sala de espera, disponibilização de material educativo, atividades entre pares com o apoio das organizações da sociedade civil, entre outras.


PERIODICIDADE DAS CONSULTAS:

Após a introdução ou alteração da TARV, recomenda-se retorno entre sete e 15 dias para avaliar eventos adversos e difi culdades relacionadas à adesão. Em seguida, podem ainda ser necessários retornos mensais até a adaptação à TARV. PVHIV em TARV com quadro clínico estável poderão retornar para consultas em intervalos de até seis meses. Nesses casos, exames de controle também poderão ser realizados semestralmente, ou conforme avaliação e indicação. Ressalta-se que, nos intervalos entre as consultas médicas, a adesão deverá ser trabalhada por outros profissionais da equipe multiprofissional, como nos momentos da retirada de medicamentos nas farmácias ou da realização de exames.