Adultos e adolescentes vivendo com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante. Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ abaixo de 200 céls/mm3), até que um grau satisfatório de reconstituição imune seja obtido com o uso de TARV, o que proporciona melhora na resposta vacinal e redução do risco de complicações pós-vacinais.
A administração de vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, varicela, rubéola, febre amarela, sarampo e caxumba) em pacientes com imunodeficiência está condicionada à análise individual de risco-benefício e não deve ser realizada em casos de imunodepressão grave.
Os anticoncepcionais orais combinados ou contendo apenas progestágenos (minipílula) interagem com a maioria das combinações de antirretrovirais, reduzindo sua eficácia contraceptiva. O mesmo ocorre com implantes hormonais. Esses métodos contraceptivos só devem ser utilizados se associados a método de barreira (preservativo). Neste caso, é importante que o médico da atenção primária discuta com a paciente estas limitações e ofereça métodos mais eficazes.
O acetato de medroxiprogesterona em depósito e o dispositivo intrauterino (DIU) são os métodos contraceptivos preferenciais, pois não têm sua eficácia reduzida pelo uso de antirretrovirais.