Reações hansênicas são reações inflamatórias imunomediadas que podem acometer o paciente antes, durante ou após o tratamento com a poliquimioterapia (PQT), representando uma urgência. As reações podem persistir mesmo após o término da PQT. Podem ser desencadeadas por: infecções, parasitose intestinal, stress físico ou emocional, cirurgias, traumas, vacinação, gestação, infecção periodontal, distúrbios hormonais, diabetes descompensado, fatores metabólicos, contato com paciente MB sem diagnóstico e tratamento. É importante tentar identificar o evento desencadeante e corrigir se possível.
É uma reação onde os sinais e sintomas estão localizados na pele e/ou nervos, não necessariamente restritos a um segmento do corpo. Febre e outros sintomas gerais são incomuns. Pode ocorrer nos pacientes paucibacilares e multibacilares.
É uma reação sistêmica onde os sinais e sintomas estão localizados, além da pele e nervos, em outros órgãos. Febre e outros sintomas gerais são comuns. Ocorre apenas nos pacientes multibacilares. Pode se apresentar de formas variadas.
Recidiva são todos os casos de hanseníase tratados regularmente com esquemas oficiais padronizados e corretamente indicados, que receberam alta por cura, e que voltam a apresentar novos sinais e sintomas clínicos de doença infecciosa ativa. Os casos de recidiva em hanseníase geralmente ocorrem em período superior a cinco anos após a cura. Após a confirmação da recidiva, esses casos devem ser notificados no modo de entrada “recidiva”. Diante de um caso suspeito de recidiva a equipe deverá preencher a Ficha de Investigação de Suspeita de Recidiva e encaminhar o caso para a unidade de referência secundária via SISREG. Uma vez confirmado o diagnóstico, a unidade de saúde deve remeter a ficha para a SMS, juntamente com a Ficha de Notificação/Investigação da Hanseníase, anexando cópia no prontuário do paciente. A notificação de casos de recidiva deverá ser realizada pelo serviço de referência que procedeu à confirmação diagnóstica. Após avaliação, os casos confirmados e sem complicação deverão ser contrarreferenciados, para tratamento e acompanhamento na unidade básica de saúde. Ambas as fichas se encontram nos anexos do Guia Prático da Hanseníase (2017).