Tratamento de ILTB

A partir dos resultados das avaliações dos contatos, poderá ser necessária a realização do tratamento pela Infecção Latente da Tuberculose (ILTB).

O tratamento pode ser prescrito por médicos e enfermeiros segundo o Ofício Nº SMS-OFI20241/29056 (Clique Aqui).


ATENÇÃO! Antes de efetuar o tratamento da ILTB deve-se:
    (a) afastar definitivamente a tuberculose ativa; e
    (b) realizar a notificação no site IL-TB (Clique Aqui). A ficha espelho (Clique Aqui) poderá ser utilizada quando a digitação no SITE ILTB ocorrer posteriormente à consulta.

    Todos os profissionais de saúde com nível superior da unidade deverão solicitar acesso ao site ILTB, preenchendo as informações solicitadas no (Clique Aqui) na aba AP 3.1.

Indicação de tratamento de ILTB

QUADRO 2. Indicações de tratamento da ILTB por grupo da população

Gestantes: postergar o tratamento da ILTB para depois do parto. Em gestantes com infecção pelo HIV, tratar a ILTB após o terceiro mês de gestação. Proceder com radiografia de tórax na gestante, com a devida proteção exigida para essa condição, a fim de afastar sinais de TB ativa antes do início do tratamento.

QUADRO 5. Indicação de tratamento da ILTB

Fonte: Brasil, 2021.

Gestantes: postergar o tratamento da ILTB para depois do parto. Em gestantes com infecção pelo HIV, tratar a ILTB após o terceiro mês de gestação. Proceder com radiografia de tórax na gestante, com a devida proteção exigida para essa condição, a fim de afastar sinais de TB ativa antes do início do tratamento.

Tratamento de ILTB

    ● ISONIAZIDA. Para obter orientações acerca das recomendações para o preparo e administração de suspensão oral extemporânea, a partir de isoniazida 100mg, acesse o OFÍCIO CIRCULAR No 6/2019/CGDR/DCCI/SVS/MS. (Clique Aqui)

    ● Uso de RIFAMPICINA nas indicações do quadro 6 e preferencial para crianças menores de 2 anos, pois existe a possibilidade de suspensão. Sua disponibilidade deverá ser avaliada junto ao NAF.
Fluxo de solicitação da medicação suspensão: A Farmácia da CF/CMS deve solicitar por e-mail ao NAF (nafcap31@gmail.com) com cópia para a Linha DCT (smscap31dct@gmail.com) e monitorar o retorno com entrega oportuna da medicação.

    ● Uso Preferencial: RIFAPENTINA + Isoniazida (3HP). Veja mais informações na NOTA INFORMATIVA No 6/2024-CGTM/.DATHI/SVSA/MS (Clique Aqui). Sua disponibilidade deverá ser avaliada junto ao NAF. Os tratamentos de ILTB realizados com essa medicação deverão ser obrigatoriamente sob regime de TDO!

    ● Para obter orientações acerca das recomendações para o preparo e administração de suspensão oral das drogas citadas abaixo, acesse a NOTA INFORMATIVA No 6/2024-CGTM/.DATHI/SVSA/MS (Clique Aqui) ou o resumo da SUBPAV/SAP/CDT/GDPP (Clique Aqui)

Obs: A disponibilidade da RIFAMPICINA nas indicações do quadro 3 deverá ser avaliada junto ao NAF. Fluxo de solicitação da medicação suspensão: A Farmácia da CF/CMS deve solicitar por e-mail ao NAF (nafcap31@gmail.com) com cópia para a Linha DCT (smscap31dct@gmail.com) e monitorar o retorno com entrega oportuna da medicação.

QUADRO 3. Esquema de tratamento para ILTB.


¹¹Recomenda-se a utilização de 270 doses, que devem ser tomadas de 9 a 12 meses, ou 180 doses, de 6 a 9 meses. O esquema de 270 doses protege mais do que o de 180 doses, por isso deve ser considerado, salvo em caso de problemas com a adesão ao tratamento. O mais importante é o número de doses tomadas e não somente o tempo de tratamento.
²Recomenda-se a utilização de 120 doses, que devem ser tomadas de 4 a 6 meses.
³Utilizar quando disponível.

ATENÇÃO! A escolha do esquema e doses dos medicamentos utilizados no tratamento para ILTB irá variar de acordo com a faixa etária, peso e condição clínica da pessoa elegível.

Atenção! Mulheres em tratamento de ILTB com uso de rifampicina ou rifapentina que estejam em uso de anticoncepcional oral, deverão ser orientadas sobre outros métodos contraceptivos nesse período.

Obs: Para fins de acompanhamento do tratamento de ILTB, recomenda-se a realização de consultas regulares com intervalo mínimo de 30 e máximo de 60 dias, para avaliação clínica de efeitos adversos e/ou sobre qualquer sinal ou sintoma de tuberculose. Quando utilizado esquema 3HP as consultas devem ser, no mínimo, mensais.

Prevenção da infecção tuberculosa em recém-nascidos
Para os recém-nascidos (RN) contatos domiciliares de pacientes bacilíferos a quimioprofilaxia primária deve ser feita preferencialmente com Rifampicina, 4 meses (4R). Não há a necessidade de realizar PPD posteriormente e deve-se realizar a vacinação do RN após o término da quimioprofilaxia.

FIGURA 1. Fluxograma para prevenção da infecção tuberculosa em recém-nascidos
ATENÇÃO! Caso o RN tenha sido inadvertidamente vacinado antes de iniciar a quimioprofilaxia, recomenda-se manter o esquema de profilaxia com os 4 meses de rifampicina. Deve-se avaliar individualmente a necessidade de revacinar o RN com BCG, caso não haja a pega vacinal, após esse período, dado que a rifampicina e pode interferir na resposta imune aos bacilos da BCG realizada.

Para mais informações acesse a NOTA INFORMATIVA No 6/2024-CGTM/.DATHI/SVSA/MS (Clique Aqui)

Regimes disponíveis de tratamento da ILTB em crianças < 10 anos preconizados pelo MS (OLHAR QUADRO 3)

    ● 3RH (novo) - 3 meses de rifampicina com isoniazida (90 doses diárias) em comprimidos dispersíveis para crianças menores de 10 anos, com peso de 4 a 25 kg, que não consigam deglutir comprimidos;
    ● 3HP – 3 meses de rifapentina com isoniazida (12 doses semanais) para crianças não infectadas pelo HIV (> 2 anos) que já consigam deglutir comprimidos;
    ● 4R - 4 meses de rifampicina suspensão (120 doses diárias). Esse esquema de tratamento está indicado exclusivamente para crianças menores de 4kg e será realizado com a rifampicina 20mg/mL suspensão.


Obs: A dose diária vai depender do peso da criança 15 (10 - 20) mg/kg/dia de peso; 6H ou 9H – 6 meses (180 doses) a 9 meses (270 doses) de isoniazida (doses diárias).
Esse esquema poderá ser utilizado quando não for possível utilizar os demais esquemas.

Para maiores informações acesse a NOTA INFORMATIVA No 6/2024-CGTM/.DATHI/SVSA/MS (Clique Aqui) ou o resumo da SUBPAV/SAP/CDT/GDPP (Clique Aqui)

    ● Interrupção de tratamento: será considerado interrupção de tratamento no esquema 3RH quando a criança permanecer dois meses sem o tratamento, consecutivos ou não. No caso de retorno após abandono, deve-se proceder com a avaliação clínica e, afastada a possibilidade de TB ativa, avaliar o risco versus benefício da reintrodução do tratamento. Quando o abandono se deu com 72 doses ou mais (≥ 80%) do esquema de tratamento, não há necessidade de reintrodução do tratamento, considerar tratamento completo.
Regimes disponíveis de tratamento da ILTB em crianças vivendo com HIV/AIDS

    ● Crianças vivendo com HIV/aids que estão em uso de lopinavir/ritonavir ou darunavir (inibidores da protease), raltegravir ou dolutegravir (inibidores da integrase) ou nevirapina (inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeos) apresentam risco de desenvolver interações medicamentosas com rifampicina e existe incerteza em relação à segurança e eficácia da rifapentina. Portanto recomenda-se preferencialmente a isoniazida. Sabendo-se da importância da prevenção da TB nessa população indicar preferencialmente a isoniazida durante 9 meses (270 doses).

    ● Interações medicamentosas: não é recomendado manter lopinavir/ritonavir, darunavir ou nevirapina em crianças utilizando rifampicina. O raltegravir e o dolutegravir devem ter sua dose ajustada quando utilizado concomitantemente com rifampicina (Quadros 1 e 2).





Para maiores informações acesse a NOTA INFORMATIVA No 6/2024-CGTM/.DATHI/SVSA/MS (Clique Aqui) ou o resumo da SUBPAV/SAP/CDT/GDPP (Clique Aqui)